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Conheça os diferentes tipos de racismo, e combata-os

Uma das definições de racismo oferecidas pelo dicionário Houaiss é: “preconceito extremado contra indivíduos pertencentes a uma raça ou etnia diferente, geralmente considerada inferior”. São várias as definições de racismo encontradas nos livros, mas o entendimento do termo vem sendo expandido. O R.evolution Club oferece aqui uma relação de tipos de racismo identificados por estudiosos. Entendê-los pode ser um caminho para evitar, denunciar e lutar contra essa discriminação que só faz prejudicar e ferir a humanidade. Combata o racismo em suas diversas formas!

  • Racismo cultural: sustenta que uma cultura é superior a outra. Esse preconceito pode se apresentar por meio de crenças, músicas, religiões e idiomas, enfim, em tudo que englobe cultura. Historicamente, foi usado para justificar colonizações e a dominação de territórios. Um exemplo é a intolerância religiosa.
  • Racismo ambiental ou ecológico: é identificado quando populações desfavorecidas recebem tratamento inferior, como, por exemplo, em desapropriações para a construção de represas e outras obras públicas. Refere-se principalmente a ações contra a natureza e contra ecossistemas que prejudicam povos mais pobres. Nas cidades, ocorre também por meio de discriminações contra comunidades periféricas.
  • Racismo universalista ou discriminatório: afirma a existência de um modelo de humanidade numa escala hierárquica de espécies ou raças, que vão da mais inferior à superior. Considera, portanto, a naturalidade da desigualdade e da hierarquia de raças. Esteve presente na formação de impérios coloniais, na escravatura, no nazismo e no fascismo.
  • Racismo comunitarista ou diferencialista: também é conhecido como preconceito contemporâneo. Dirige-se, por exemplo, contra um grupo indígena ou quilombola, privilegiando uma comunidade em detrimento de outra. Entende que a raça não é um conceito biológico, mas cultural ou étnico. Temas como identidade cultural e comunidade podem reforçar diferenças e, com isso, reforçar o racismo comunitarista.
  • Racismo individual: manifesta-se por meio de atitudes individuais – muitas vezes estereótipos, pensamentos e até interesses pessoais – contra uma pessoa que não tenha as mesmas características étnicas que a sua.
  • Racismo institucional: é praticado por instituições como o Estado, a Igreja e empresas. Um exemplo são os dados e estatísticas oficiais que discriminam negros, indígenas, mulheres e outros grupos marginalizados e rejeitados.
  • Racismo primário: é considerado um fenômeno psicossocial, emocional ou passional, isento de justificação. É diferente, por exemplo, do etnocentrismo, que é considerado um racismo secundário, e descrito como “uma visão de mundo característica de quem considera o seu grupo étnico, nação ou nacionalidade socialmente mais importante que os demais” (Houaiss). Já o racismo terciário se baseia em teorias científicas.
  • Racismo à brasileira: é o racismo dissimulado, disfarçado, expresso pelo termo “democracia racial”.

A convenção internacional para eliminação de todas as formas de discriminação racial, adotada pela ONU, define a discriminação racial como “toda distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto ou resultado anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício em um mesmo plano (em igualdade de condição) de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou qualquer outro campo da vida pública”.

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